A bandeira do arco-íris, também conhecida popularmente como ‘bandeira LGBT’, é um dos símbolos da luta pelos direitos da população LGBTQIAPN+. Criada em 1978 pelo artista e ativista Gilbert Baker, ela possui seis cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e roxo, que representam respectivamente os valores vida, saúde, luz, natureza, arte e espírito.

“A bandeira do arco-íris é um símbolo de identidade, de resistência e orgulho para a comunidade; além de emblema da luta por direitos civis e de visibilidade para os grupos que ela representa. A bandeira ajuda a reafirmar nossa existência em todos os espaços da sociedade”, descreve a vice-presidenta do Grupo Estruturação, Fainy Mendes.

Bandeira ganhou versão progressista

Em 2018, uma versão progressista da tradicional bandeira foi criada pelo designer Daniel Quasar. Ele adicionou setas nas cores preta e marrom, homenageando pessoas negras, e incluiu referências às bandeiras da comunidade trans e intersexo. Segundo Mendes, o objetivo foi reforçar a inclusão e a interseccionalidade dentro da luta LGBTQIAPN+.

“A nova versão lembra que o nosso movimento está em constante evolução e caminha para se tornar mais inclusivo, dando voz a todas as pessoas e trazendo representatividade para pessoas trans e que são racializadas”, analisa. 

Mendes explica que, dentro do movimento, ambas podem ser utilizadas.

“As duas são extremamente importantes e representam contextos históricos diferentes. A bandeira tradicional segue como símbolo universal do nosso orgulho, e a bandeira progressista reforça o compromisso com a inclusão”, enfatiza. 

Além disso, ao longo dos anos, outras bandeiras surgiram para representar identidades específicas dentro da comunidade LGBTQIAPN+. Cada uma tem seu próprio significado e busca dar visibilidade a diferentes grupos. 

“Cada orientação sexual e identidade possui suas vivências e particularidades. As bandeiras de cada grupo são uma forma de reconhecer suas especificidades e dar visibilidade a eles”, destaca Mendes. Confira abaixo as principais delas:

Bandeiras do orgulho lésbico

O movimento conta com duas versões. A mais popular apresenta tons de laranja, lilás e branco, que remetem ao nascer do sol, enquanto a segunda foi criada em 1999 por Sean Campbell e traz o “labrys” (machado duplo) como símbolo feminista. “A bandeira com o machado simboliza a resistência histórica de mulheres lésbicas”, contextualiza Mendes.  

Bandeira do orgulho gay

Embora o arco-íris represente toda a comunidade, há uma bandeira específica para homens gays, com tons de azul, verde e branco. Segundo a Universidade do Norte do Colorado, nos Estados Unidos, a bandeira possui o verde representando a comunidade, o azul-petróleo simbolizando a cura e o verde-claro remetendo à alegria. O branco representa pessoas não conformes ao gênero, não binárias e homens trans, enquanto o azul claro simboliza o amor puro. O roxo representa a fortaleza, e o índigo, a diversidade.

Bandeira do orgulho bissexual

Criada por Michael Page em 1998, tem três cores: rosa, azul e lilás. Segundo o Manual de Comunicação LGBTI+, da Aliança Nacional LGBTI+, Page explicou o simbolismo da bandeira dizendo que a faixa roxa cria uma transição suave entre as faixas rosa e azul. “Assim como no ‘mundo real’ os bissexuais se misturam suavemente tanto com as comunidades gays e lésbicas quanto com as comunidades heterossexuais”, afirmou.

Bandeira do orgulho transgênero

Projetada por Monica Helms em 1999, apresenta faixas azul claro e rosa – cores tradicionalmente associadas a meninos e meninas – e uma faixa branca no centro, representando pessoas não binárias e em transição.

Bandeira queer

Criada por Marilyn Roxie em 2010 e consolidada em 2012, a bandeira tem lavanda para a androginia, branco para a neutralidade de gênero e verde para identidades além do binário.

Bandeira do orgulho intersexo

Criada pela Organização Intersexo Internacional em 2013, tem fundo amarelo e um círculo roxo, simbolizando integridade e autonomia corporal das pessoas intersexo.

Bandeira do orgulho assexual

Criada em 2010 pela Asexual Visibility and Education Network (Aven), tem quatro cores: preto (assexualidade), cinza (zona entre assexualidade e sexualidade), branco (desejo sexual) e roxo (comunidade).

Bandeira do orgulho pansexual

Representa a identidade pansexual, que não se limita ao gênero na atração afetiva e sexual. Para isso, possui três faixas: rosa (atração por mulheres), azul (atração por homens) e amarelo (atração por pessoas não binárias). 

Bandeira do orgulho não binário

A bandeira não binária foi criada por Kyle Rowan em 2014 para representar pessoas cuja identidade de gênero não se encaixa no binário tradicional de masculino e feminino. Ela possui quatro faixas horizontais: o amarelo representa aqueles cuja identidade de gênero está fora do binário; o branco simboliza pessoas que possuem múltiplos ou todos os gêneros; o roxo representa aqueles cuja identidade está entre os gêneros masculino e feminino ou é uma mistura deles; e o preto representa aqueles que se identificam como sem gênero.

*com Aliança Nacional LGBTI + e Universidade do Norte do Colorado

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