Botânica, ecossistemas, microbiologia e zoologia são assuntos presentes nas aulas de ciências e biologia durante a educação básica que podem parecer muito abstratos aos estudantes se trabalhados apenas no âmbito teórico. Contra o problema, experimentos simples e atividades ajudam a conectar esses conhecimentos científicos à realidade dos estudantes, promovendo uma aprendizagem mais significativa.
São atividades mão na massa que partem do manejo de plantas, frutas, alimentos e da fotografia, sem que haja necessidade de laboratório na escola ou de muitos recursos financeiros. A seguir, separamos seis sugestões para o professor aplicar com a turma.
É uma coleção de partes ou plantas inteiras desidratadas, identificadas e fixadas em cartolina. O estudante pode criá-lo coletando espécies encontradas no entorno de sua casa ou escola. “A manipulação das plantas ajuda o aluno a transpor conhecimentos teóricos para a sua realidade, estabelecendo relações”, justifica o professor Carlos Eduardo Fortes Gonzalez.
Coleção científica de frutos ajuda a explicar conteúdos de botânica como fisiologia e morfologia vegetal. A conservação é feita em potes de vidro transparentes, etiquetados com informações que permitam identificar o conteúdo. A forma como será feita depende se o fruto é carnoso ou seco.
O terrário é uma das atividades práticas que ajudam a representar um ecossistema nas aulas de biologia e ciências da natureza. Para isso, mudas são plantadas em um ambiente hermeticamente fechado. A técnica pode ser adaptada para qualquer etapa de ensino. “Na educação infantil, estimula inteligência espacial e criatividade. Ajuda a abordar biodiversidade nos anos iniciais do fundamental e ciclos biogeoquímicos, nos finais. Já no ensino médio, auxilia nos conteúdos de botânica”, aponta o doutor em ciências biológicas Anderson Portugal.
É uma coleção de insetos catalogados e identificados por sua família, ordem, gênero e, se possível, espécie. Sua versão física não é permitida na educação básica para garantir a preservação dos seres vivos, porém, é possível realizar com os alunos um insetário virtual, usando o celular para registrar os animais. A atividade é indicada para o 7º ano do ensino fundamental e para o 2º ano do ensino médio.
Experimentos com alimentos para explicar microbiologia sem laboratório
Para explicar aos alunos do ensino fundamental 2 como as bactérias se proliferam, é possível realizar um experimento com duas gelatinas incolores, uma misturada a caldo de carne e outra pura. Um cotonete retira bactérias de diferentes superfícies e as injeta nos potinhos, que serão observados a cada três dias. O mesmo princípio pode ser usado para estudar os fungos, mas usando amido de milho.
O minhocário é um sistema de reciclagem de resíduos orgânicos que utiliza minhocas – invertebrados do Filo Annelida (anelídeos) – para transformar tais substâncias em fertilizantes orgânicos usados na adubação de plantas.
A atividade de dissecação de flores pode ajudar no ensino do conteúdo de angiospermas, grupo de plantas com capacidade de produzir flores e frutos. Ele está previsto para as aulas de biologia no 8º ano de ensino fundamental e 2º do ensino médio.
Atualizado em 17/07/2023 às 10h21.
Veja mais:
Pokémon pode ser usado para ensinar vertebrados e teoria evolutiva nas aulas de biologia
Níquel Náusea: tirinha brasileira pode ser usada no ensino de biologia