“Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas” é o quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – meta acordada com a Organização das Nações Unidas (ONU) para ser cumprida pelos países até 2030.

O campo da educação tem participação ativa nessa tarefa, principalmente no que se refere à conscientização dos estudantes (de ambos os sexos) de que habilidades não são definidas por gênero e que as meninas podem transformar realidades ao seu redor. Fatores essenciais para garantir igualdade salarial e mais participação do público feminino em áreas profissionais ainda tidas como “masculinas”, como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (sigla Stem, em inglês).

Confira sete livros para ajudar a promover esse debate com alunos de todas as idades. Eles convidam os estudantes a se inspirarem em histórias de mulheres que marcaram o seu tempo, a refletirem sobre preconceitos e, também, sobre comportamentos impostos às garotas, como a pressão para evitar dizer “não”. O resultado será, no futuro, direitos iguais vivenciados na prática.

 

Coisa de menina

Pri Ferrari, Companhia das Letrinhas, 2016.
O livro mostra que a infância é o melhor momento para as garotas descobrirem que o mundo – e tudo que há nele – também pertence a elas. Para isso, aborda o clichê comum, ainda muito reproduzido para as crianças, que determinadas atividades “não são para meninas”, ou “não são para meninos”. Indicado para a crianças a partir de três anos.

 

Frida Kahlo – Para meninas e meninos

Nadia Fink e Pitu Saá (ilustradora), Chirimbote, 2015.
O livro da coleção “antiprincesas” apresenta a obra e história da pintora mexicana Frida Kahlo. Ela deixou a sua marca na história da arte ao explorar em seus retratos questões de identidade, gênero e a cultura mexicana. Em suas telas, não tinha receio de retratar momentos felizes e tristes da  vida, como o acidente que a limitou fisicamente.

 

Eu sou Malala – a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã

Malala Yousafzai e Christina Lamb, Companhia das Letras, 2013
Em uma sociedade que valorizava os filhos homens e impedia as mulheres de estudar, uma menina de 12 anos decidiu resistir e lutar pela educação feminina. Seu nome é Malala, a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz. Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, ela continuou indo à escola. Mas, em 9 de outubro de 2012, foi atingida na cabeça por um tiro. Recuperada, tornou-se um símbolo da luta pela educação.

 

Quem tem medo de dizer não?

Ruth Rocha, Mariana Massarani (ilustradora), Editora Salamandra, 2012
Muitas jovens chamadas de “boazinhas” na verdade não conseguem dizer não, sentindo-se mal intimamente com isso. Para mudar essa perspectiva, a autora conta, em versos e rimas, que negar algo é importante – às vezes, necessário – para que você seja feliz.

 

Histórias de ninar para garotas rebeldes

Elena Favilli, Francesca Cavallo; Vergara & Riba, 2016
Cem histórias de mulheres de diversas áreas da sociedade são apresentadas. Em comum, todas foram valentes e ajudaram a transformar a realidade para melhor. “Tudo o que podemos sentir é esperança e entusiasmo pelo mundo que estamos construindo. Um mundo onde gênero não defina quão alto você pode sonhar nem quão longe você pode ir“, resume a apresentação do livro. A lista de personalidades inclui Coco Chanel, Jane Austen, Elizabeth I, Serena Williams, entre outras.

 

As Cientistas – 50 mulheres que mudaram o mundo

Rachel Ignotofsky, Editora Blucher, 2017
Filósofas, matemáticas, pesquisadoras e outras profissionais que modificaram a história têm a sua trajetória pessoal apresentada para meninas de todas as idades. Com isso, mostram que ciências, tecnologia, engenharia e matemática não foram, nem são, áreas exclusivas dos homens. Inclui o perfil de personalidades mais conhecidas, como a química Marie Curie, e outras não tão populares, como a física e matemática afro-americana Katherine Johnson, que calculou a trajetória da missão Apolo 11, de 1969, à lua.

 

As Esportistas – 55 mulheres que jogaram para vencer

Rachel Ignotofsky, Editora Blucher, 2011
As conquistas e histórias de 55 mulheres atletas notáveis desde o século 19 são o foco da obra. Em comum, quebraram recordes e mudaram a trajetória em seus países e no mundo. São retratadas personalidades de mais de 40 esportes, incluindo pioneiras no jogo de beisebol profissional e skate.

Veja mais:
Para Maria Adelaide Amaral, biografias sobre mulheres libertárias podem ser inspiradoras para meninas no ensino médio
Mulheres memoráveis inspiram meninas em série de podcasts
8 links para falar sobre feminismo com os alunos
7 livros sobre a história das mulheres no Brasil
Direito das mulheres se aprende na escola
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Crédito da imagem principal: YakobchukOlena – iStock

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