Leonardo Valle
Toda prática sexual não consentida é uma violência sexual, que pode se manifestar em casa, trabalho, escola, universidade, espaços públicos e internet. Para esclarecer esses crimes, a Agência Patrícia Galvão lançou o Dossiê Violência Sexual. Disponível online, ele reúne informações e orientações de médicas, psicólogas, advogadas, promotoras, defensoras, autoridades policiais e outras especialistas.
A publicação é norteada por perguntas-chaves e traz conteúdos sobre diversas formas de assédio sexual, de violência de gênero e estupro. São respondidas questões como as leis e informações do país, locais para buscar ajuda e o que saber para apoiar uma vítima do crime.
Segundo o dossiê, em média, 180 estupros são registrados por dia pelas autoridades policiais no Brasil, sendo a maior parte das vítimas mulheres (82%), negras (51%) e meninas com até 13 anos (54%). Dados do Atlas da Violência 2018, do Ministério da Saúde, também indicam que, dos 22.918 casos de notificados em 2016, 10,3% das vítimas tinham alguma deficiência. Contudo, estima-se que menos de 10% dos estupros sejam denunciados.
Mulheres também são as principais vítimas de assédio e importunação sexual: abordagens, ofensas e propostas que constrangem, humilham e amedrontam. A violência sexual também pode ocorrer no contexto da internet, quando elas são atacadas por meio da divulgação não autorizada de suas imagens e vídeos íntimos, chantagens, stalking (perseguição obsessiva), bullying, ataques coordenados, entre outros.
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Crédito da imagem: reprodução site Dossiê Violência Sexual