O Instituto Patrícia Galvão e a Fundação Rosa Luxemburgo elaboraram o livro Feminicídio #InvisibilidadeMata, que debate as características desse crime, denuncia sua perpetuação no Brasil – o quinto país com a maior taxa de assassinatos femininos no mundo – e destaca, ainda, a urgência do enfrentamento às violências contra as mulheres. A publicação foi disponibilizada gratuitamente pela internet.

O livro reúne reflexões, dados e pesquisas anteriormente publicadas na plataforma online Dossiê Feminicídio. “Debater esse crime é uma forma de mostrar que as discriminações e violências que atingem diferentes mulheres não só acontecem cotidianamente, como se perpetuam e se agravam. Assim, o debate visa evidenciar que essas mortes têm raízes discriminatórias e que o Estado, por ação ou omissão, é conivente. Há compromissos assumidos pelo poder público em leis e tratados internacionais que precisam ser colocados em prática com urgência”, relata a coordenadora da publicação, Débora Prado.

“As vozes reunidas no livro reivindicam uma verdadeira transformação da sociedade e do próprio Estado. Certamente, elas têm muito a contribuir para reverter este cenário em que mulheres morrem todos os dias em um contexto de invisibilidade, discriminação e em que não há prioridades política e orçamentária para ações públicas e serviços necessários”, acrescenta.

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