Leonardo Valle
Dados e leis sobre violência contra mulheres e a população LGBTQ+ podem ser consultados na plataforma Mapa da Violência de Gênero. A iniciativa apresenta registros de agressões por localidade e permite o cruzamento online de informações.
A ferramenta de busca é interativa e disponibiliza as duas maiores bases oficiais de dados sobre violência do país: a do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/Datasus) e a do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Há ainda textos que ajudam a analisar o cenário de cada uma das 27 unidades federativas do país.
É possível traçar buscas comparativas para homens e mulheres e informações detalhadas, incluindo autoria do crime e encaminhamento judicial do caso. Também há uma seção que aborda as especificidades do grupo LGBTQ+ e outra para leis, na qual é possível conhecer a produção legislativa estadual sobre o tema e marcos nacionais, como a Lei Maria da Penha (2006) e a Lei do Feminicídio (2002).
O mapa é resultado de uma pesquisa da especialista em violência de gênero Wânia Pasinato e foi executado por uma equipe multidisciplinar da organização não governamental (ONG) Gênero e Número, com apoio da Altec. Em média, na última década, foram assassinadas por dia no Brasil 12 mulheres, sendo as negras as maiores vítimas. Essa população também foi vítima de 90% dos 73 estupros cometidos a cada dia em 2017.
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