O filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940) trouxe importantes contribuições para as áreas de estudo das ciências humanas, entre elas a educação. O seu pensamento era o de que o processo educativo deveria ter uma perspectiva ampla, para formar um cidadão crítico e consciente das questões sociais que vivencia.
Benjamin foi um dos principais pilares da chamada Escola de Frankfurt, um movimento de intelectuais que se propuseram a estudar os processos típicos da modernidade e a influência da indústria cultural, entendida como a subordinação do fazer cultural à lógica da produção industrial e capitalista.
“Ele faz uma relação entre a indústria cultural e o processo de escolarização das nossas crianças”, conta a docente do departamento de Psicologia da Educação da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Márcia Cristina Perez, que tem em Benjamin um dos seus principais referenciais teóricos e foi uma das entrevistadas para a quarta temporada da série Pensadores na Educação.
Isso ocorreria em especial quando se fala do brinquedo e da importância de brincar na vida da criança. O pensador chama a atenção para o fato que a indústria cultural massifica as brincadeiras, produzindo brinquedos padronizados, que limitam a imaginação e a criatividade. “A criança não deveria apenas reproduzir o que o brinquedo condiciona”, alerta Márcia.
Conheça os outros episódios da série:
– Antonio Gramsci e a Escola Unitária
– Florestan Fernandes e a democratização do ensino
– Pierre Bourdieu e a reprodução das desigualdades na escola
– Alexei Leontiev e o desenvolvimento da psique humana
Veja também a primeira temporada, a segunda temporada e a terceira temporada dos Pensadores na Educação.