O Museu da Imigração possui mais de 10 mil publicações, 250 mil imagens, além de entrevistas e objetos históricos. Para facilitar a pesquisa em seu acervo virtual, a instituição lançou um e-book com informações sobre o processo de busca.
A publicação detalha os períodos relacionados a processos migratórios e dá dicas sobre como buscar nomes, sobrenomes e o destino de famílias após o desembarque em portos do país.
“Apesar de os documentos estarem catalogados e digitalizados, apenas uma metodologia adequada de pesquisa produz resultados satisfatórios. O e-book apresenta os principais pontos dessa metodologia e ressalta a importância de se obter um conhecimento histórico básico acerca das migrações para o Brasil”, explica o coordenador do livro digital, Henrique Trindade.
“As pessoas aprendem quem era o imigrante registrado, com o nome completo, apontamentos sobre grafias, preenchimento correto dos campos de pesquisa, o significado dos itens indicados no registro de matrícula da hospedaria de imigrantes, entre outros”, descreve.
Museu da imigração
A instituição estima que 80% de seu acervo faça referência a imigrantes italianos, mas também há informações de outras nacionalidades – incluindo a história de um austríaco que sobreviveu ao naufrágio do Titanic e chegou ao Brasil em 1924. Ainda segundo Trindade, o e-book auxilia a esclarecer alguns mitos relacionados à imigração.
“Por exemplo, muita gente acha que os principais fluxos migratórios para o Brasil ocorrem durante as duas grandes guerras mundiais do século XX. Tal informação não procede”, complementa.
Para professores e alunos, a publicação pode ajudar em atividades voltadas a conhecer histórias de familiares. “Além disso, muitos pesquisadores acadêmicos utilizam os documentos presentes no acervo digital para elaborarem artigos, dissertações de mestrado e teses de doutorado”, ressalta.
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Crédito da imagem: acervo digital Museu da Imigração