O Brasil está em 13º lugar entre as nações que mais produzem artigos científicos no mundo. Contudo, o país é medalha de ouro em relação à porcentagem deste conteúdo que fica disponível gratuitamente via internet. O levantamento foi realizado pela empresa norte-americana Science-Metrix, que monitora atividades ligadas à ciência e à tecnologia.
Dos artigos publicados em periódicos brasileiros, 74% têm acesso aberto. O fenômeno se deve em grande parte ao SciELO (Scientific Electronic Library Online), que reúne 283 periódicos brasileiros e por volta de mil de outros países.
Nos Estados Unidos, a nação com maior produção científica no mundo, dois terços dos artigos publicados têm acesso aberto gratuito. Esse tipo de publicação não é homogêneo em todas as áreas do conhecimento, tendo preponderância em ciências da saúde e ciências naturais, mas traz benefícios em todos os campos.
Segundo a pesquisadora do Instituto Educadigital, Priscila Gonsales, a disponibilização de conteúdos científicos abertos também impacta positivamente no ensino básico do Brasil. “Fazer com que essas pesquisas tenham mais impacto social está a serviço da melhoria da qualidade da educação”, explica. “No caso da escola, é fundamental desenvolver uma cultura entre alunos e professores, evidenciando a ciência aberta, o conceito de criar e compartilhar com licenças abertas e disseminando os conhecimentos para que possam inspirar outros conhecimentos“, destaca.
Com Agência Fapesp