Sarah Fernandes
O total de áreas queimadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal cresceu 87% entre 2018 e 2019, segundo cálculo da organização não governamental WWF-Brasil, a partir de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre 1º de janeiro e 31 de agosto deste ano, foram 113.743 quilômetros quadrados de áreas queimadas nos três biomas, o equivalente a duas vezes o estado da Paraíba. No mesmo período de 2018, o total era de 60.614 quilômetros quadrados.
O bioma mais atingido é o Cerrado, com um acumulado de áreas queimadas de 63.698 quilômetros quadrados em 2019, segundo o estudo. Na sequência, vem a Amazônia (43.573 quilômetros quadrados) e o Pantanal (6.472 quilômetros quadrados). Se a análise englobar também a Caatinga, a Mata Atlântica e os Pampas, esse número no país chega a 131.327 quilômetros quadrados.
Quando o assunto é desmatamento, os resultados seguem a tendência de crescimento: se compararmos o total de áreas sob alertas, é possível observar um aumento de 223% na comparação de agosto de 2019 com o mesmo mês de 2018. Em julho, esse percentual chegou a 278% e, em junho, a 90%.
Até 12 de setembro (último dado disponível), a área total com alertas de desmatamento na Amazônia brasileira foi de 7.129 quilômetros quadrados, o que representa um aumento de 148% se comparado com a média dos últimos dez anos, e de 97% na comparação com o mesmo período de 2018.
O número de áreas com alerta de desmatamento também aumentou dentro de Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Na comparação entre os períodos de janeiro e agosto de 2019 e de 2018, o crescimento chegou a 134%. Comparando o mesmo período de 2017, o total chega a 320%.
Com WWF-Brasil
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