Mais de 43 milhões de hectares foram desmatados nas frentes de atuação da ONG WWF em todo o mundo, entre 2004 e 2017. A área equivale praticamente ao tamanho de Marrocos, como aponta o relatório internacional “Frentes de desmatamento: vetores e respostas em um mundo em evolução” .
Foram avaliados 29 países, incluindo o Brasil, no qual a pecuária e o cultivo de soja são apontados como causas de desmatamento na Amazônia; e a extração madeireira no Cerrado. Segundo o documento, um traço comum é a constante ampliação da malha rodoviária associada à expansão da mineração e da extração madeireira, que são frequentemente seguidas pela agricultura comercial.
O desmatamento também se expande em lugares onde há pressões causadas pela mineração informal e pela expansão de assentamentos humanos. “A extração madeireira ilegal em grande escala, muitas vezes para fornecer madeira aos mercados internacionais, também leva à degradação florestal”, afirma o documento.
Pressão do mercado
Na África, a agricultura de subsistência continua sendo o principal fator de desmatamento, com crescimento da agricultura comercial e extração madeireira em pequena escala para geração de energia.
“Uma nova tendência em várias regiões é o aumento do número de pequenos produtores que cultivam commodities agrícolas como cacau, óleo de palma de milho ou criam gado – às vezes para a exportação, mas muitas vezes para atender à demanda crescente dos mercados domésticos”, alerta.
Com WWF
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