Leonardo Valle
Os nativos do território indígena do Xingu (TIX), sempre usaram fogo para suas atividades diárias. Em 2010, as chamas manejadas de maneira tradicional saiu do controle e queimou aproximadamente 300 mil hectares. Desde então, os povos da região adaptaram suas práticas, trabalhando para impedir novos incêndios. Além disso, eles também se mobilizam para tentar enfrentar a crise climática.
No vídeo “No Território Indígena do Xingu (TIX), a meta é incêndio zero”, do Instituto Socioambiental (ISA), o povo tradicional Inkpeg explica como faz para manejar o fogo em suas práticas. Entre as medidas, está o plantio de árvores que impedem o sapê – uma gramínea altamente inflamável e que contribui para o alastramento das chamas – de crescer. Após anos sem fogo, a floresta começou a se regenerar.
Os indígenas também atribuem o aumento das queimadas à devastação das florestas e ao aquecimento global. “Quando meu pai queimava a roça, o fogo só comia o que estava derrubado, e não entrava no mato, porque a umidade dentro da mata ainda era grande”, diz o chefe do esquadrão da brigada Prevfogo, Antenu Ikpeng.
“O fogo não é mais o mesmo. Eles (as gerações anteriores) contavam que o fogo não se alastrava”, explica a liderança do povo Ikpeng, Magaró Ikpeng, no vídeo.
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Crédito da imagem: print do vídeo “No Território Indígena do Xingu (TIX), a meta é incêndio zero”