Leonardo Valle
Para ajudar a pessoa refugiada a se inserir no mercado de trabalho, a Rede Brasil do Pacto Global, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e a ONU Mulheres lançaram a plataforma online “Empresas com Refugiados”. Voltado para empresas privadas, o site busca estruturar modalidades de apoio às iniciativas de capacitação profissional de refugiados. Para isso, há um banco de dados de boas práticas, materiais de referência e informações sobre a contratação dessa população.
A plataforma é também um produto da terceira edição do projeto “Empoderando Refugiadas” e visa levar conteúdos e metodologias utilizados no projeto a outras empresas. Além da questão humanitária e da necessidade de remuneração financeira, as diferentes experiências que os refugiados possuem são uma contrapartida para organizações que desejam um ambiente de trabalho mais diverso.
Segundo dados da Polícia Federal, o Brasil recebeu, em 2018, 80 mil solicitações formais de refúgio, o que demanda dos setores público e privado iniciativas para proporcionar um acolhimento digno a essa população no país.
No Relatório “Tendências Globais” divulgado em 2018, o Acnur informou que, no ano anterior, 68,5 milhões de pessoas foram deslocadas de suas casas contra a própria vontade. Desse total, o número de refugiados que tiveram de deixar seus países para escapar do conflito e da perseguição foi de 25,4 milhões. Isso corresponde a 2,9 milhões de pessoas a mais do que em 2016, o maior aumento que a entidade já registrou.
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Crédito da imagem: reprodução site “Empresas com Refugiados”