As expectativas para o último ano do ensino médio estavam altas para os alunos da Escola Estadual Hebe Camargo, em Pedra de Guaratiba (RJ), que se formariam em 2020. Com ensino técnico-profissionalizante na área de telecomunicações pelo programa Dupla Escola, os estudantes esperavam que a reta final do colégio fosse o momento de se preparar para o vestibular e aprender mais com aulas práticas. No entanto, a pandemia de covid-19 pegou a todos de surpresa e a adaptação ao ensino remoto e as incertezas sobre o futuro intensificaram um ano que já era de ansiedade.

Quase um ano depois e já com caminhos abertos depois de se formarem na escola, estudantes da turma puderam refletir sobre as dores e os aprendizados do período. A seguir, eles contam suas experiências do início do isolamento até a contratação remota para trabalhar na área de Cop Rede da Claro.

Juntos na adaptação

Para Yasmin Lourenço, que era representante de turma, o afastamento do ambiente escolar e dos amigos foi um baque. Ela conta que o ensino remoto trouxe ansiedade, sensação de solidão e exigiu dedicação em dobro. “No entanto, tivemos a ajuda dos professores. Para eles tudo também era novo e estávamos aprendendo juntos”, relata. As aulas práticas e a dinâmica em sala fizeram muita falta e ela tinha medo de não conseguir se preparar bem em um ano tão conturbado. “A chave para tudo funcionar foi a união, que foi trazendo mais segurança e confiança para seguirmos”, conta.

Ainda em 2020, Yasmin foi premiada em segundo lugar no ideathon do BEM, uma maratona de inovação da Claro, com o projeto Pó Pô Ovo para ajudar pequenos produtores com incubadoras de ovos. “Investi o valor do prêmio na minha Carteira Nacional de Habilitação”, conta animada. Hoje, ela sonha em começar uma faculdade na área de tecnologia ou gestão.

Novos horizontes

Outra aluna da turma, Gabriela Simm diz que sua perspectiva mudou completamente de março de 2020 para hoje. “Aprendi que não devemos ser tão duros com nossas escolhas. É preciso ser mais flexível e abrir mais os horizontes, estar atento às oportunidades”, reflete. Para ela, foi um privilégio continuar estudando em casa: “Não foi fácil, mas sei que muita gente teve situações piores. Tinham crianças em casa, os pais perderam o emprego e tiveram que ajudar”.

dupla escola
Alexandre Xavier, Yasmin Lourenço e Gabriele Simm (crédito: acervo pessoal)

Não poder ver os amigos com quem convivia 10 horas por dia e ter que abrir mão das aulas práticas foram os aspectos mais difíceis para a jovem. “Sabíamos que teríamos esse baque de não nos vermos depois do final do ano [já que estaríamos formados], mas isso acabou vindo bem antes [com a pandemia]”, conta ela, que teve uma formatura virtual.

Assim como para Yasmin, o medo foi uma constante na rotina de Gabriela e dos outros colegas também em 2020. “O último ano já gera muita ansiedade normalmente, ainda mais em uma pandemia”, comenta. Sobre as perspectivas para a saída da escola, Alexandre Xavier menciona que ficou apreensivo “por tudo estar em crise, não só a saúde, mas a economia e o mercado de trabalho”, conta ele, hoje contratado pela Claro.

O jovem acredita que a adaptação ao remoto foi o maior desafio, mas que os professores ajudaram muito nessa transição. “O professor Antonio Vale, que dava aulas de sistema de satélite, por exemplo, improvisou em sua casa com equipamentos antigos para mostrar as coisas para a gente. Essas atitudes já nos davam uma luz e um incentivo”, lembra.

Mesmo com um ano difícil e de muitas transformações, o balanço dos três ainda foi positivo. “Posso dizer que a educação mudou minha vida”, diz Yasmin, que nesse período contou ter aprendido mais sobre dedicação e persistência. Para Alexandre, ficou o ensinamento de valorizar os amigos e os momentos especiais.

Veja mais:

1MiO: alunos do Dupla Escola são contratados como aprendizes da Claro

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