Leonardo Valle
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) traduziu para o português a publicação “Não polua o meu futuro! O impacto do ambiente na saúde das crianças”. No documento, a entidade vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU) alerta sobre o impacto de problemas ambientais e da poluição na vida dos pequenos.
Anualmente, 361 mil crianças menores de cinco anos morrem vitimadas pela diarreia, em virtude da falta de acesso a água potável, saneamento e higiene. Outras 570 mil na mesma faixa etária falecem todos os anos por infecções respiratórias, como pneumonia. A doença é atribuível à poluição do ar interno e externo e ao fumo passivo.
Aproximadamente 200 mil meninas e meninos também não chegam ao seu quinto aniversário por conta de lesões fatais e acidentais que podem ser associadas ao meio ambiente, como intoxicações, quedas e afogamentos. Por fim, cerca de 200 mil falecimentos nessa fase da vida por malária poderiam ser evitados com ações ambientais que diminuiriam a proliferação do mosquito transmissor da doença.
Crianças são mais vulneráveis
Por apresentarem seus órgãos e sistema imunológico ainda em formação, meninas e meninos são mais vulneráveis aos impactos e riscos ambientais. Além disso, possuem vias aéreas menores e maior probabilidade de colocar mãos e objetos na boca ao brincar, o que aumenta as chances de exposição a produtos tóxicos dispersos no meio ambiente.
Contra todos esses problemas, o documento da ONU alerta os países a adotarem medidas preventivas nas áreas de saúde, energia, transportes, indústria e comércio, habitação e água, a fim de reduzir os riscos ambientais.
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Crédito da imagem: publicação “Não polua o meu futuro! O impacto do ambiente na saúde das crianças”