Leonardo Valle
As crianças são vulneráveis aos problemas ambientais, mas nem sempre são convidadas a debater essa questão com os adultos. Para reverter esse quadro, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançou a cartilha “Direitos da Criança e Meio Ambiente”, que esclarece para esse público, de maneira didática, as principais conclusões do Relator Especial sobre os Direitos da Criança e o Meio Ambiente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), das 5,9 milhões de mortes de crianças com menos de 5 anos em 2015, 1,5 milhão poderiam ter sido evitadas com a redução de riscos ambientais. É esperado, ainda, que o aumento da temperatura e a mudança dos padrões de chuva estimulem a disseminação de doenças transmitidas por vetores, como malária, dengue e cólera, além de contribuir para a falta de alimentos. Tal panorama afetaria, principalmente, os pequenos.
Outra problemática é a poluição da água, que contribui para doenças que causam anualmente mais de 350 mil mortes de crianças abaixo de 5 anos, e outras 80 mil mortes de crianças entre 5 e 14 anos.
A exposição infantil a poluentes e outras substâncias tóxicas também contribui para deficiências, doenças e mortalidade prematura. Crianças, por exemplo, são mais suscetíveis à poluição do ar do que os adultos e, como seus sistemas imunológicos ainda estão em desenvolvimento, correm maior risco de infecções respiratórias.
A cartilha foi desenvolvida pelo Pnuma em parceria com a Queen’s University Belfast, Terre des Hommes e o órgão de Procedimentos Especiais da ONU para Direitos Humanos. Também contou com a colaboração de alunos e alunas da Rathmore Grammas Schoool, de Belfast, no Reino Unido.
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Crédito da imagem: print cartilha “Direitos da Criança e Meio Ambiente”