Recusa de atendimento, agressões verbais, procedimentos médicos desnecessários ou falta de informações claras sobre eles são algumas das circunstâncias que caracterizam a violência obstétrica. O termo abrange violações que podem acometer gestantes durante o pré-natal, parto ou pós-parto.
Para informá-las e conscientizar profissionais de saúde sobre o assunto, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro e a Associação de Doulas do Estado do Rio de Janeiro (Adoulasrj) elaboraram a cartilha online “Gestação, parto e puerpério. Conheça seus direitos!”
Segundo o documento, uma em cada quatro mulheres reconhece a ocorrência de violência durante o parto. Muitas vezes negados à gestante, estão a presença de acompanhante durante os atendimentos e procedimentos. “Quando os estudos incorporam as variáveis raciais, as mulheres negras aparecem no topo das estatísticas”, alerta o documento.
O material ainda informa que toda mulher tem direito de ser apoiada por uma doula e dispor desse suporte. “A doula é a profissional que atua na gestação, no parto e no puerpério, apoiando a gestante na conquista de um parto digno e respeitoso. Ela auxilia na construção da autonomia e no protagonismo das mulheres, fornecendo subsídios técnicos e informações que promovem o alívio da dor (não farmacológico) no trabalho de parto”, esclarece o documento.
Veja mais:
Homens usam YouTube para defender e inspirar paternidade ativa
Qualquer pessoa pode denunciar crime contra mulher, explica cartilha sobre Lei Maria da Penha
Como a sororidade pode ajudar no combate à opressão feminina