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A sororidade pode ser entendida como a solidariedade entre as mulheres motivada pela exclusão e pela situação de inferioridade em que muitas vezes elas são colocadas nas sociedades patriarcais. O termo surgiu a partir da terceira onda do feminismo, na década de 1970, e busca estabelecer aliança entre as mulheres para combater as consequências nocivas do machismo, que permeia diferentes culturas.
Apesar de pregar a união das mulheres, o conceito não foi criado como uma estratégia para se contrapor aos homens, como muitas vezes é interpretado. “Essa é uma ideia equivocada. O feminismo é contra a submissão das mulheres a um sistema que organiza a sociedade, o patriarcado, e que tem nos colocado em um lugar de subordinação e submissão nos últimos séculos”, afirma a professora do curso de ciências sociais da PUC–SP, Carla Cristina Garcia.
Na entrevista, a pesquisadora fala da concepção do conceito de sororidade, comenta as mudanças de posicionamento em relação a ele dentro do feminismo e aborda o papel de homens e mulheres na desconstrução de comportamentos misóginos.