No ciclo de 2021, o projeto Pé-de-Pincha coletou 17,5 mil ovos de tracajás – espécie de quelônio de água doce da região Norte do país. Esse foi o maior número de ovos desde o início da iniciativa em 2010 e equivale a um crescimento de quase 60% em relação ao ciclo anterior. Mesmo com as restrições da pandemia de covid-19, no último ano, o projeto conseguiu montar 576 ninhos nas diversas chocadeiras; e prevê a soltura de aproximadamente 12,4 mil filhotes no Rio Solimões e seus afluentes no fechamento do ciclo, em março de 2022.

Apoiado pelo Instituto Claro, o projeto conta com a participação da população de 12 comunidades ribeirinhas nas cidades de Autazes, Borba e Careiro do Castanho (AM). Por meio do treinamento e orientação dos especialistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e com apoio técnico da Claro para o transporte, os voluntários atuam na coleta dos ovos e transferência para incubadoras e nas demais fases do ciclo de preservação.

Voluntários do projeto no ciclo de 2021 (crédito: divulgação)

O projeto também conta com a parceria da Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (UNISOL), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Amazonas e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Educação para a preservação

Nas diferentes fases do ciclo no ano, o Instituto Claro e os pesquisadores da Ufam realizam atividades com a comunidade, como palestras e treinamentos em educação ambiental. Em 2021, 35 ações foram realizadas nesse sentido. Elas impactaram 545 pessoas diretamente e mais de 1,8 mil indiretamente.

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Voluntários do projeto Pé-de-Pincha em 2021 (crédito: divulgação)

O ciclo do projeto começa por volta de agosto e setembro, quando os voluntários coletam os ovos. Nessa fase, rodas de conversa, palestras e atividades com a comunidade são promovidas. A ideia é sensibilizar a todos para a preservação e criar consciência ambiental nas novas gerações, ressaltando a conservação dos filhotes de tracajás.

A fase seguinte compreende o transporte dos ovos para as chocadeiras, localizadas nas comunidades aderentes ao projeto. Nesses locais, os ovos ficam protegidos de predadores e caçadores.
Depois da eclosão dos ovos, os filhotes são levados para tanques, onde são alimentados , em geral, por três meses, até engordarem e chegarem no tamanho e idade ideais para a soltura. Nesse momento, eles são pesados e catalogados pelos pesquisadores da Ufam. O processo de soltura dos tracajás no rio acontece entre fevereiro e março, na época das cheias, quando há maior probabilidade de sobrevivência.

Veja mais:

Mesmo na pandemia, projeto Pé-de-Pincha coleta mais de 8 mil ovos de tracajás no Amazonas em 2020 

Claro assina Pacto Global da ONU e se compromete com objetivos de desenvolvimento sustentável

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