O projeto Pé-de-Pincha, que trabalha pela preservação dos tracajás (espécie de quelônios), chegou a novas localidades na comunidade do Mamori. Este ano, além de Santo Antônio, a ação foi expandida para seis novas comunidades na região: Tracajá, Perpétuo Socorro, Pacatuba, Terra Alta, Araçá e Divino Espírito Santo, todas no estado do Amazonas.
Atualmente, o Pé-de-Pincha está na fase de eclosão dos ovos. Nos dias 21 e 22/11, a equipe da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e representantes do Instituto Claro e da população local, visitou a região para acompanhar o projeto.

Na fase anterior, a equipe de pesquisadores da universidade, com o auxílio de moradores da região, resgatou os ovos depositados pelos tracajás adultos, com o objetivo de proteger os futuros filhotes da ação de predadores, caçadores e também do comércio ilegal dos ovos.

Coleta em Igapó Açú
Além do Mamori, outro local atendido pelo projeto é a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Igapó Açu. Em agosto, foram coletados mais de 7 mil ovos, divididos entre as comunidades de São Sebastião do Igapó Açu e Nova Geração do Igapó Açu, localizadas no município de Borba (AM).

As RDS são fiscalizadas por órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e, por serem regiões mais protegidas, possibilitam um número maior de ovos coletados.
Após a eclosão, os filhotes são analisados e colocados em tanques para crescerem protegidos e ganharem peso. A próxima etapa acontece em 2020, entre fevereiro e março, quando as comunidades se preparam para devolver os tracajás à natureza.
Além de prever a preservação desses animais, o Pé-de-Pincha conta também com trabalhos sociais para sensibilizar a população sobre causas relacionadas ao meio ambiente e atividades lúdicas que estimulam a educação ambiental para crianças.
Atualizada em: 4/3/2020 às 20h05