O ciclo 2021/2022 do projeto Pé-de-Pincha chegou ao fim, com um total de 11.616 filhotes de tracajás soltos. Cerca de 1,2 mil deles foram devolvidos à natureza nas últimas quatro solturas realizadas em abril, nas localidades do Pirainha, Brasil II, Tracajá e lago do Boto, nas regiões do Lago e de Paraná do Mamori, município do Careiro (AM). Este ciclo bateu recorde de ovos coletados . Mesmo com a pandemia de covid-19, os voluntários conseguiram montar 576 ninhos nas diversas chocadeiras.

Os tracajás são uma espécie de quelônio de água doce que habita a região Norte do país. O Pé-de-Pincha foi criado em 2010 para ajudar na preservação desses animais ameaçados. Com apoio do Instituto Claro e orientação de especialistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o projeto tem participação de 12 comunidades ribeirinhas. Ele conta também com a parceria da Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (UNISOL), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Amazonas e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Fases do projeto
No ciclo da preservação, os voluntários coletam os ovos por volta de agosto e setembro. Esses ovos são transportados para chocadeiras, onde ficam protegidos dos predadores. Depois da eclosão, os filhotes são levados para tanques e são alimentados e cuidados por três meses. Nessa fase, eles são pesados e catalogados pelos pesquisadores. Quando chegam no tamanho ideal, os filhotes de tracajá são soltos nos rios na época das cheias.
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