O Instituto Claro investe em programas que proporcionam transformações na vida das pessoas, e uma das formas de transformar vidas é apoiar a educação. Fizemos uma entrevista com Caroline Gomes, formada pelo programa Dupla Escola, contratada recentemente pela Claro Brasil.

Na conversa, ela conta como foi sua experiência com o programa, que tem formado cada vez mais mulheres, e porque esse panorama tem se modificado. Acompanhe a entrevista na íntegra e saiba como o programa fez diferença em sua carreira.

Instituto Claro: Caroline, por qual motivo você se inscreveu para o Curso Técnico em Telecomunicações?

Caroline Gomes: A minha inscrição para o C.E. Hebe Camargo foi a realização de um sonho pelo simples fato de proporcionar a formação técnica e me dar a oportunidade de ter uma profissão que me daria mais chances de conquistar o primeiro emprego. Então, uma vez empregada, eu poderia me planejar para iniciar a graduação.

 

Instituto Claro: Você sempre se interessou por esse tema e sabia de algo ou foi um tema totalmente novo para você? Conte um pouco sobre isso.

CG: O meu desejo era ter algo ligado à informática, mesmo não sabendo nada sobre o curso que o colégio oferecia. Para minha surpresa, foi totalmente inovador. Eu não tinha noção do que se tratava o curso de telecomunicações. O desconhecimento causava muitos questionamentos – no sentido positivo, claro. Desde as primeiras aulas, eu me apaixonei pela profissão e tive certeza de que era o que queria cursar.

 

Instituto Claro: Qual era a sua expectativa?

CG: Minhas expectativas eram as maiores possíveis. Imagina ser uma das pessoas que fariam parte do primeiro grupo do colégio? E, quando a notícia sobre ter passado no processo seletivo veio, foi a maior felicidade. A escola, além de nos tornar profissionais, também contribuiu para a formação da nossa cidadania. O ensino técnico, juntamente com o regular, foi de extrema importância, principalmente por causa dos professores, pois nós víamos o empenho e a dedicação para ensinar e repassar seus conhecimentos. Hoje, considero muitos deles meus amigos, com total certeza de que estes foram os melhores docentes que eu poderia ter.

 

Instituto Claro: Como foi escolher um curso que é predominantemente masculino? Você sofreu algum tipo de preconceito – amigos, familiares, colegas de curso?

CG: Eu me senti orgulhosa por ser uma junto a tantas outras mulheres a mudar esse quadro. A maior novidade do colégio foi ter formado turmas onde a predominância dos alunos é de meninas, e sermos um exemplo de representatividade é algo incrível. Sim, já me chamaram de “louca” por ter entrado nesse colégio. Diziam que eu não conseguiria exercer a profissão. É lógico que existe a não aceitação de algumas pessoas. A expressão que fazem quando digo que faço algo relacionado a telecom é de muita “desconfiança”. Mas é importante ressaltar a grande parte que admira, incentiva e dá todo o apoio necessário, sabendo que somos capazes de exercer, sim, as mesmas funções.  E, quando são profissionais dessa área, que estão dispostos a repassarem os conhecimentos sem se importarem com os paradigmas, isso é o que me motiva a cada dia.

 

Instituto Claro: Qual foi a dificuldade do curso? Você pensou em desistir? Conte para gente como foi a jornada.

CG: Foi um curso bem difícil, com muita complexidade, ao exigir situações fora do contexto ao qual estávamos acostumados. Havia matérias que eu jamais imaginaria que existiam. O curso nos exige muita paciência e foco para aprender. Cada docente nos ajudou ao máximo. Pensei diversas vezes em desistir. Existiam vários questionamentos sobre como seriam os professores, os diretores, os alunos. A estrutura da escola não existia fisicamente (ainda estava em construção quando participei do processo seletivo). Mas, ao longo do tempo, tudo mudou. Conhecer telecomunicações, e tudo aquilo que nunca tinha visto antes, foi maravilhoso. Realizar e observar cada projeto saindo do papel, as formações dos grupos de trabalho, os eventos na escola, receber o apoio da minha mãe e irmã, da minha turma 3004 – ou melhor, uma família construída no convívio de 10 horas por dia, todos os dias juntos – foram as razões para lutar. Foram esses os motivos para continuar, pois eles eram maiores que os pensamentos de desistir.

 

Instituto Claro: E como é, para você, ter entrado para a equipe e trabalhar diretamente com telecomunicações?

CG: Foi a maior realização. O curso técnico trouxe, realmente, a oportunidade do meu primeiro emprego. Eu amo exercer uma profissão e fazer parte da Claro Brasil, que me recebeu com o maior carinho possível. Os projetos na escola, com a formação de equipes, facilitaram muito minha adaptação e aprendizado aqui na empresa. Cada dia, aprendo uma nova função. Fico encantada pela imensidão de oportunidades que isso me traz.

O Dupla Escola é realizado em parceria com a Secretaria de Estadual de Educação do Rio de Janeiro, a Fundação Xuxa Meneghel e a INTEL e integra o curso Técnico de Telecomunicações ao ensino médio regular. O objetivo é possibilitar, aos jovens, o ingresso no mercado de trabalho por meio de um curso que capacita e prepara para o futuro profissional. Caroline é uma das beneficiadas pelo programa e que, com a oportunidade que lhe foi dada, abriu as portas para o seu próprio amanhã gigante.

Foto: Marcia Costa | Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro

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