Alunos e professores podem conhecer um pouco mais sobre como era o dia a dia na Roma Antiga com o jogo gratuito O Último Banquete de Herculano. Desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Arqueologia Romana Provincial (Larp), da Universidade de São Paulo (USP), a história se passa em 24 de agosto de 79 d.C., dia em que o vulcão Vesúvio entrou em erupção e destruiu as cidades de Pompéia e Herculano.
No game, os jogadores podem controlar o personagem Septimius, um escravo que precisa cumprir diversas tarefas para realizar um banquete.
“A intenção de utilizarmos esse protagonista foi dar visibilidade a uma camada pouco vista nas discussões sobre Roma nas salas de aula. Ao mesmo tempo, serve de ponte para discutir a escravidão como um fenômeno que ocorre ao longo da história de várias nações e impérios”, explica o pesquisador do Larp, Tomás Partiti Cafagne.
Já a escolha pelo banquete se deu devido a importância do acontecimento nas relações sociais durante o período do Império. “A temática também nos permite trabalhar as questões de estratos sociais, uma vez que o personagem, responde ao seu senhor, o Dominus, membro da elite romana. Também buscamos apresentar outros elementos do cotidiano romano, como os rituais religiosos e os banhos públicos”, complementa.
No site do Larp é possível encontrar vídeos explicativos e o Guia Didático: O último banquete em Herculano para professores que desejam utilizar o jogo em sala de aula. O material explica a função pedagógica dos videogames, traz conteúdos sobre a história da cidade de Herculano e, por fim, três planos de aula de curta, média e longa duração. Esses materiais ajudam o docente a apresentar aos alunos os elementos que caracterizam a casa romana, os números romanos, a mitologia greco-romana, a moeda utilizada no período, entre outros.
“Este guia possui atividades que são sugeridas para os mais diferentes modelos de aulas, permitindo, assim, melhor aproveitamento em sala de aula. Ao mesmo tempo, os jogos eletrônicos são um meio bastante usado pelos estudantes nas horas de lazer”, justifica o pesquisador.
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