Pessoas com diferentes níveis de deficiência visual podem encontrar dificuldades no estudo do espaço geográfico e de suas representações, conteúdo previsto a partir do sexto ano do ensino fundamental nas aulas de geografia. Para superar essa barreira, é possível utilizar imagens e representações gráficas adaptadas, como a cartografia tátil, que permitem um ensino inclusivo da disciplina.

Isso porque representações gráficas apreendidas pela visão podem ser percebidas pelo tato quando construídas com esse objetivo. Na cartografia tátil, toda a imagem é adaptada para percepção com as mãos, possibilitando que alunos com e sem deficiência visual compreendem que um mapa organiza o conhecimento espacial e apresenta informações sobre uma área, expressando diferentes relações.

A seguir, apresentamos quatro materiais que auxiliam o professor de geografia a elaborar e aplicar a cartografia tátil em aula. Confira!

Livro digital: Técnicas inclusivas de ensino de geografia (Capítulo 16)

O material, elaborado pelo professor de geografia da Universidade de São Paulo (USP) Luis Antonio Bittar Venturi, apresenta diversas formas de produzir e reproduzir representações gráficas táteis usando técnicas de colagem, serigrafia, maquete, papel microcapsulado, alumínio e porcelana. Elas são apresentadas acompanhadas de orientações gerais e de suas vantagens e desvantagens.

Roteiro didático: Construindo materiais didáticos táteis

O material foi desenvolvido pela professora da USP e vice-presidente da Comissão “Maps for the Blind and Visually Handicapped”, da Associação Cartográfica Internacional, Waldirene Ribeiro do Carmo. Ele orienta como produzir e adaptar mapas para cartografia tátil, começando com uma reflexão sobre os objetivos do mapa e o perfil dos usuários, incluindo faixa etária e conhecimento do braile. Em seguida, recomenda-se escolher uma base cartográfica adequada, escala e fenômenos a serem representados, simplificando ou generalizando informações quando necessário.

Programa Diálogos – Cartografia tátil (TV Unesp, 2012)

A professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro Maria Isabel Castreghini de Freitas apresenta o projeto Cartografia Tátil, que desenvolveu um software para facilitar o aprendizado de geografia e matemática para alunos com ou sem deficiência visual. Além disso, o programa também explora outras possibilidades da cartografia tátil.

Vídeo Cartografia tátil – (Univesp)

O programa visita três laboratórios universitários dedicados à cartografia voltada ao ensino de alunos cegos ou com baixa visão. As pesquisadoras Carla Gimenes de Sena (Unesp-Ourinhos), Waldirene Ribeiro do Carmo (Lemadi-USP) e Maria Isabel Castreghini de Freitas (Unesp-Rio Claro) compartilham suas experiências na criação de materiais didáticos táteis. Já a professora Tieko Hirano apresenta o trabalho que desenvolve com alunos de diversas escolas de Barueri (SP).

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Crédito da imagem: clu – Getty Images

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