Gamificação é usar recursos dos jogos, como sua linguagem e mecânicas, para enriquecer contextos diversos, inclusive a sala de aula. “É uma ação do docente, como se ele imitasse elementos do game para tornar a aula mais engajadora e melhorar o aprendizado”, destaca a professora de tecnologia educacional da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paula Carolei. Ela esclarece as principais dúvidas sobre o assunto no vídeo “Aulas gamificadas: como fazer?”, no canal da Editora Moderna no YouTube.
“Em um jogo, você não recebe a informação, mas precisa cumprir desafios, explorar e descobrir coisas. Ao invés de receber e reagir, que é da cultura expositiva, você trabalha por missões, níveis, que são elementos que o educador pode transpor para a sala de aula”, orienta. “Criam-se desafios para o aluno descobrir, trilhas, mecanismos de feedback, narrativas e forma de imersão.”
Diversas são as possibilidades de usar a gamificação em sala de aula, que pode, ou não, apostar em tecnologias digitais.
“Tenho uma demanda que preciso trabalhar com o estudante. Ao invés de você entregar o conteúdo, você cria desafios, pistas, personagens, história para envolver e decupa em missões. Isso pode ser feito por diversas dinâmicas, como material mão na massa, máscaras, live action, dados, tabuleiro, cards, mil coisas que não necessariamente usam tecnologia digital”, reforça a pesquisadora.
Carolei, porém, lembra que recurso tecnológicos são bem-vindos. “Eles criam camadas, podem dar resposta do processo e visualização sobre ele mais rapidamente. Isso é legal para reflexão sobre a experiência”, completa.
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Crédito da imagem: mbbirdy – iStock
Atualizado em 25/02/2021, às 17h02