A Tropicália, ou Tropicalismo, foi um movimento cultural que emergiu no Brasil nos anos 1960, unindo música, literatura, artes visuais, teatro e ativismo político em um contexto de repressão durante a ditadura militar (1964-1985). Considerada um manifesto artístico e político, contou com a participação de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé e os Mutantes.

As obras e letras das músicas tropicalistas frequentemente continham metáforas e simbolismos que expunham injustiças sociais e a repressão do regime militar, o que resultou em perseguições e censura aos artistas, forçando alguns ao exílio.

Na disciplina de história, estudar a Tropicália ajuda os alunos dos ensinos fundamental e médio a analisarem os impactos da ditadura militar na sociedade brasileira e as transformações políticas e sociais do Brasil contemporâneo.

Já em artes, possibilita reflexões sobre como as manifestações culturais e artísticas servem como resistência e é uma forma de valorizar a cultura e o patrimônio nacional.

Para aprofundar o conhecimento sobre a Tropicália e a sua relação com a história do Brasil, apresentamos quatro livros. Confira!

Tropicália: a história de uma revolução musical

Carlos Calado, Editora 34, 1997

O livro narra a trajetória do movimento que transformou a Música Popular Brasileira (MPB) por meio de uma reconstituição histórica detalhada, fundamentada em entrevistas, pesquisa bibliográfica e material iconográfico. Com isso, convida o leitor a explorar a cultura pop brasileira dos anos de 1967 e 1968.

Tropicália, Alegoria, Alegria

Celso Favaretto, Ateliê Editorial, 1979

O autor reconstitui as conexões entre as composições, arranjos e as cenas que definem os gestos característicos dos tropicalistas. Ele também analisa as tendências gerais do movimento e demonstra como ele estabeleceu uma nova estética para a música brasileira.

O livro do disco: Tropicália ou Panis et circencis

Pedro Duarte, Editora Cobogó,2018

O auge do Tropicalismo aconteceu com o disco-manifesto Tropicália ou Panis et Circencis, lançado em 1968 por artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Gal Costa. O álbum sintetizou um movimento cultural e político de vanguarda, abrangendo desde melodias e arranjos até a estética dos shows. Nesta obra, o autor analisa e contextualiza o disco visto hoje como um clássico da cultura brasileira.

Tropicalista Lenta Luta

Tom Zé, Publifolha, 2003

O artista Tom Zé, que integrou o movimento tropicalista, apresenta um texto autobiográfico que se debruça sobre esse momento histórico brasileiro. A obra inclui letras de músicas, entrevistas e fotografias.

Veja mais:

Filme “Meu nome é Gal” ajuda a ensinar sobre a ditadura no Brasil

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Crédito da imagem: FG Trade – Getty Images

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