O setor da moda foi um dos que mais cresceu durante a pandemia do coronavírus. De acordo com pesquisa elaborada pela Ebit/Nielsen, as vendas foram impulsionadas pelas redes sociais e pela onda de compras online. A base desse crescimento ainda é o modelo de fast fashion, em que os produtos são produzidos, consumidos e literalmente descartados em um curto período de tempo. Isso acontece tanto pela má qualidade das roupas quanto pelas constantes mudanças de tendências de moda.
Segundo o movimento global Fashion Revolution, um dos maiores impactos desse modelo é o uso de mão de obra análoga à escrava. “O problema começa quando uma marca não sabe em que condições a sua matéria-prima é extraída ou em que condições as costureiras estão trabalhando”, explica a articuladora educacional do Fashion Revolution Brasil Elisa Tupiná. Presente em 100 países, este movimento incentiva os consumidores a questionarem marcas sobre a transparência de seus processos de produção.
Nesta entrevista, o Instituto Claro conversou com Elisa Tupiná sobre os impactos socioambientais da indústria da moda e sobre como é possível conscientizar consumidores e promover políticas de transparência no setor.
Veja mais:
Armário compartilhado é modelo de negócio que promove economia e sustentabilidade
Aplicativo Trokaí promove troca, compra e venda de roupas de forma sustentável