Ainda hoje, no Brasil, a violência estrutural e a LGBTfobia são causas de sofrimento psíquico, aumento de transtornos de ansiedade, depressão e até suicídio entre pessoas LGBTQIA+ ou LGBTQIAPN+ (sigla que abrange, além dos pansexuais , pessoas não-binárias — aquelas que não se identificam no padrão binário de gênero). Essa violência é registrada principalmente contra pessoas transgêneras e travestis. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), o Brasil é um dos países onde mais se mata pessoas trans no mundo.

Boa parte da estrutura responsável por cuidar da saúde mental da população brasileira também é atravessada por essas violências, com profissionais pouco preparados e políticas públicas insuficientes voltadas à população LGBTQIA+. O resultado é o baixo acesso desse público aos serviços de saúde mental.

Nos últimos anos têm surgido novos projetos para ampliar a aproximação dessa população aos cuidados de saúde mental seguros e acolhedores. Uma dessas iniciativas é a Clínica Social da Casa 1, em São Paulo, que oferece atendimento psicoterápico, psiquiátrico e plantão de escuta, de maneira gratuita ou com valores sociais.

Neste vídeo, o Instituto Claro foi até a Casa 1 ouvir o fundador da iniciativa, Iran Giusti, e a psicóloga da Clínica Social, Adriana Portella. Para Iran, o trabalho de acolhida precisa ser reconhecido por todos. “A gente consegue combater desigualdade e LGBTfobia com trabalho, diálogos, dados, políticas públicas e com os processos”, conclui.

Veja mais:

Faltam políticas públicas para garantir saúde a idosos LGBTI+

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