Leonardo Valle
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou o documento “Mais que promessas: compromissos reais com a infância e a adolescência no Brasil”. Nele, a organização lista seis prioridades e propõe iniciativas para que os candidatos à Presidência da República e aos governos dos estados coloquem os direitos e o bem-estar das crianças e dos adolescentes no centro das suas agendas eleitorais. O texto aborda temas como a superação da pobreza, segurança pública, direito à educação e participação da juventude no processo democrático.
Pobreza:
61% das crianças e dos adolescentes brasileiros vivem na pobreza, o que inclui aqueles que sofrem ao menos uma privação de direitos fundamentais – educação de qualidade, acesso a informação, água segura, saneamento, moradia adequada e proteção contra violência – e os que vivem com uma renda insuficiente.
Homicídios:
31 crianças e adolescentes são assassinados a cada dia no Brasil. Desde 2012, os jovens são proporcionalmente mais vítimas de homicídios do que a população em geral.
Educação:
2,8 milhões de crianças adolescentes de 4 a 17 anos estavam fora da escola em 2015. Além disso, 7,2 milhões de meninas e meninos têm dois ou mais anos de atraso escolar.
Saúde infantil: A taxa de mortalidade infantil cresceu 5,3% de 2015 a 2016 (de 13,3 para 14 a cada 1.000 nascidos vivos). De 2015 a 2017, a cobertura vacinal de poliomielite caiu de 95% para 78,5% e a da tríplice viral, de 96% para 85%.
Nutrição:
10% das crianças brasileiras de 5 a 9 anos estão acima do peso para a idade e 30% das crianças indígenas são afetadas por desnutrição crônica.
Participação dos adolescentes:
1,4 milhão de adolescentes de 16 e 17 anos tiraram título de eleitor para as eleições de 2018, isso representa 230 mil a menos que para as eleições de 2014.
Crédito da imagem: syntika – iStock