Leonardo Valle
A população pobre no Brasil subiu de 25,7% em 2016, para 26,5% em 2017, o que corresponde a um aumento de 52,8 milhões para 54,8 milhões de pessoas. Os dados são da terceira edição do Relatório Luz (2019), elaborado pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, o GT Agenda 2030. O movimento é composto por 38 entidades e analisa a implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil, a partir de dados oficiais.
A irradicação da pobreza em todas as suas formas integra a ODS 1. Segundo a publicação, o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), em sua Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada em dezembro de 2018 com os dados referentes a 2017, adotou pela primeira vez a linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial: de rendimento de até US$ 5,5 por dia (cerca de R$ 406 por mês).
Além do crescimento da população pobre, houve também um aumento da proporção de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos que viviam nessa faixa de até US$ 5,5 por dia. Esse grupo passou de 42,9% para 43,4%.
Já a quantidade de pessoas na extrema pobreza – que possuem renda inferior a US$ 1,90 por dia (R$ 140 por mês), de acordo com a linha do Banco Mundial – saltou de 6,6% da população do país, em 2016, para 7,4% em 2017. Em números absolutos, passou-se de 13,5 milhões para 15,2 milhões no período.
Com Artigo 19
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