Leonardo Valle
Um estudo realizado pela Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, alerta que os custos sociais e ambientais são subestimados durante a construção das hidrelétricas. Os pesquisadores também apontam que as mudanças climáticas previstas para o futuro, que acarretarão na diminuição da oferta de água, também não são levadas em conta na elaboração desses projetos.
Entre os impactos ecológicos provocados estão o desmatamento e os danos à biodiversidade. O represamento leva a perda da maioria das espécies de peixes do rio. Já entre os impactos ambientais, estão o deslocamento de pessoas e prejuízos econômicos causados às populações ribeirinhas, em virtude da diminuição da pesca.
Por fim, essas usinas possuem um tempo de vida útil que pode variar de 30 a 60 anos. Após esse período, as barragens precisam ser removidas, em um processo custoso. Apenas nos Estados Unidos, 546 represas foram removidas entre 2006 e 2014.
Segundo os autores do estudo, a energia hidrelétrica tem sido a principal fonte renovável em todo o mundo, respondendo por até 71% da oferta proveniente de recursos naturais a partir de 2016. A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS).
Com Agência Fapesp
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Crédito da imagem: poplasen – iStock