A criação e o disparo em massa de fake news de cunho político por empresas contratadas é um fenômeno que acontece desde 2016 em diversas partes do globo, incluindo o Brasil. Desde então, documentaristas e cineastas passaram a investigar e retratar os mecanismos, motivações e, principalmente, as consequências das máquinas de mentira que influenciam a democracia de países em todos os continentes.

Para ajudar a entender a relação entre fake news e eleições, o mestre em Mídia e Cotidiano pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Alexandre Campos elaborou para o site Direto da Ciência uma lista com seis filmes que merecem ser assistidos. Confira

“Privacidade Hackeada” (2019)
Foca no escândalo da participação da Cambridge Analytica em eleições em todo o mundo, inclusive na dos Estados Unidos, em 2016, que elegeu Donald Trump. A obra aprofunda como as redes sociais se apropriam de dados e influenciam comportamento e voto.

“The Waldo Moment” (2013)
É o terceiro episódio da segunda temporada da série antológica “Black Mirror”. Waldo, um ursinho azul gerado por computação gráfica para debochar de políticos, candidata-se às eleições locais do Reino Unido. Sem propostas concretas e com um discurso superficial, ele seduz um eleitorado apolítico e indignado.

“O dilema das redes” (2020)
Lançado pela Netflix, também foca nos algoritmos e aspectos técnicos das redes sociais. O filme nos mostra como a arquitetura dessas plataformas é feita para gerar mudanças em nosso comportamento, prender nossa atenção e viciar.

“Fake news – baseado em fatos reais” (2017)
Documentário brasileiro que visitou Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e Macedônia para investigar o fenômeno das fake news. Contudo, não foca tanto no próprio país.

“Rede de ódio” (2020)
Mostra como a desregulamentação das práticas de marketing digital e eleitoral possibilita que empresas e grupos usem artimanhas antiéticas e mentirosas, gerando caos social e destruição. Aborda ainda aspectos psicológicos, mostrando o peso do rancor, do ressentimento, da sexualidade e da falta de autoestima na política.

“Contágio” (2011)
A ideia do filme é mostrar que as informações falsas podem se replicar tanto quanto um vírus. Vista em tempos de coronavírus, lembra situações vividas na atual pandemia.

Com Direto da Ciência

Veja mais:

Cartilha aponta soluções para a desinformação que vão além da identificação de fake news

Guia do Comitê Gestor da Internet no Brasil orienta sobre notícias falsas nas eleições

Qual é a diferença entre liberdade de expressão e manifestação de ódio?

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