Um evento no teatro Claro Mais, em São Paulo (SP), consolidou na quarta-feira (17/9) a edição 2025 do Diálogos Transformadores, sob o slogan “Novas vozes, novas ações, novos futuros”. A iniciativa do Instituto Claro, que pela primeira vez aconteceu na capital paulista, busca engajar a juventude em discussões pertinentes à realidade brasileira, incentivando o protagonismo e a ação social.
Com a plateia repleta de jovens de 12 instituições parceiras do Instituto Claro, o evento foi comandado pelo embaixador da Claro, ator, apresentador, autor e humorista Paulo Vieira, que chamou ao palco o presidente da empresa, José Félix.
“Há 24 anos o Instituto Claro promove projetos de educação e cidadania, transformando a vida de milhares de jovens como vocês. Acreditamos que investir em educação é investir em um futuro mais justo, mais humano e mais inovador. Hoje, celebramos mais um capítulo desta história”, declarou Félix.
Os números endossam a afirmação, com mais de três milhões de pessoas impactadas pelos projetos do Instituto Claro. Um deles é o Dupla Escola, programa de formação técnica profissionalizante em telecomunicações integrada ao ensino médio, que apenas em 2025 formou mais de cem estudantes no Colégio Hebe Camargo, em Pedra de Guaratiba, no Rio de Janeiro (RJ).
Um dos beneficiados pelo Dupla Escola também foi ao palco. Winner Happy de Assis Cajueiro estudou no Colégio Hebe Camargo, recebeu o diploma em telecomunicações e hoje é analista de redes móveis da Claro. A trajetória levou a um convite do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e em 2023 ele participou em Nova Iorque da 78ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Foi muito importante, porque logo em seguida eu recebi mensagens de pessoa que eu não conhecia: ‘Olha, contei a sua história pro meu filho, que ficou muito feliz.’ Eu vim de Pedra de Guaratiba e pude sair de lá para mostrar ao mundo a importância de ter um trabalho digno”, contou Cajueiro.
RPG e Agenda 2030: um projeto de capacitação
Nos dois dias que antecederam o evento no teatro Claro Mais, jovens de nove instituições parceiras do Instituto Claro participaram de uma capacitação imersiva e lúdica. Baseado em um jogo de RPG, o projeto utilizou a narrativa de uma viagem no tempo para explorar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU que norteiam o Diálogos Transformadores: ODS 4, educação de qualidade, e ODS 8, trabalho decente.
Seis jovens que participaram da capacitação foram ao palco em momentos diferentes e compartilharam suas experiências durante os dois dias. Eles contaram como o RPG os ajudou a aprender mais sobre a Agenda 2030, um acordo firmado entre 193 países, entre eles o Brasil, para que os 17 ODSs sejam cumpridos até o ano de 2030.
A SER+, ONG que conecta empresas com jovens em situação de vulnerabilidade social, foi representada por Gabriele Calisto Oliveira e Renan dos Santos Bessa. Pela Associação Passos Mágicos, que oferece educação a jovens de baixa renda de Embu-Guaçu, participaram Arthur Farias Carvalho e Sara Galdino da Silva Santana. O Projeto Pescar, que oferece formação socioprofissionalizante em todo o Brasil, contou com Victor Almeida Nunes. Filha de uma colaboradora da Claro, Anna Alicia Frederico Barbosa completou o grupo recebido por Paulo Vieira para falar sobre a capacitação.
Nunes explicou que o RPG os transportou para “uma realidade diferente”, na qual a educação não era assegurada a todos. Superar esse desafio era o objetivo no jogo. “Tudo isso incentiva o jovem a continuar”, disse.
Santana reforçou o impacto positivo do RPG. “O jogo me incentivou a usar a educação como uma porta e uma ferramenta para avançar. E me deu o incômodo necessário para tomar a iniciativa e implementar mudanças na minha vida”, afirmou.
A vice-presidente de Projetos do Instituto Claro e diretora de Desenvolvimento Humano Organizacional, Cultura e Sustentabilidade da Claro, Daniely Gomiero, endossou a fala dos jovens. “A gente acredita que o processo educacional faz a diferença. Esses dois dias que vocês tiveram representam só um pouquinho do que podemos fazer. Mas são, de fato, transformadores”, afirmou.
Chefe de educação do Unicef no Brasil, Mônica Pinto, por sua vez, exaltou a parceria entre a agência da ONU e o Instituto Claro.
“Os direitos de crianças e adolescentes são muito frágeis, precisamos lutar por eles o tempo todo. Temos que garantir o direito de vocês agora, para que vocês possam sonhar o sonho de vocês. E o Instituto Claro é um dos nossos principais aliados”, declarou.
Os números da Claro
Diversidade e inclusão também foram temas no evento em São Paulo (SP), trazidos pelo vice-presidente de Recursos Humanos Rodrigo André Fernandes. “Diversidade é algo que nos complementa e nos fortalece, mas só faz sentido se houver respeito, equidade e inclusão. Significa gerar oportunidades de trabalho, proporcionar um trabalho decente e propor educação de qualidade.”
De acordo com Fernandes, 77% dos cerca de 40 mil colaboradores da Claro se enquadram em um dos cinco marcadores de diversidade da empresa: pessoas com deficiência (PCD), gênero, raça e etnia, gerações e LGBTQIAPN+.
São mais de 1,8 mil PCDs, caminhando para atingir duas mil em 2026; 42% dos colaboradores são mulheres, com 33% delas em posição de liderança; 47% dos colaboradores se autodeclaram como pessoas negras; 7% se autodeclaram dentro de alguns dos marcadores LGBTQIAPN+; 23% dos colaboradores com 50 anos ou mais ocupam posição de liderança, sendo que este público representa 13% do quadro de colaboradores; entre os jovens, 93% dos que passaram por um programa de estágio foram efetivados.
Fernandes encerrou o discurso com uma referência à iniciativa Um Milhão de Oportunidades (1MiO), liderada no Brasil pelo Unicef e ao qual a Claro aderiu há quatro anos. “Boa parte do que a gente aprendeu, evoluiu e vem evoluindo foi por meio dessa parceria”, disse ele, destacando os mais de 45 mil jovens em situação de vulnerabilidade contratados pela empresa.
