Durante a Primeira Guerra Mundial, o francês Célestin Freinet (1896-1966) foi ferido, o que resultou em um problema em seus pulmões. Posteriormente, quando foi dar aulas, a questão de saúde não o permitia discursar por um logo período de tempo sobre a lição do dia. A dificuldade foi um dos elementos que o levou a pensar em maneiras de ensinar que não dependessem unicamente da transmissão do conhecimento pelo professor.
“Há três bandeiras levantadas por ele: abaixo a aula, abaixo os materiais didáticos e até 25 alunos por sala”, explica o professor do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) – Campus Itapetininga, e estudioso da obra do autor, Ivan Fortunato. Freinet passou a maior parte de sua carreira trabalhando em instituições administradas diretamente por ele e sua esposa Elise Freinet (1898-1983). Nelas, nasceram algumas técnicas usadas até hoje em boa parte das escolas, ainda que raramente ligadas a eles, como a imprensa escolar e os ateliês.
Nesta entrevista, que faz parte da segunda temporada da série Pensadores na Educação, o pesquisador apresenta aspectos da vida e obra do autor, comenta algumas de suas inovações e indica leituras para conhecê-lo melhor, como o “Dossiê: A atualidade da pedagogia Freinet”.
Acesse abaixo os outros episódios da série:
– Pestalozzi e a aprendizagem pela afetividade
– John Dewey e a educação para a democracia
– Anísio Teixeira e a construção do projeto de ensino público no Brasil
– Skinner e o uso educacional da análise do comportamento