O Brasil possui aproximadamente 3,5 milhões de pessoas matriculadas na Educação de Jovens e Adultos (EJA), segundo dados do Censo Escolar de 2014. A área, contudo, é marcada pelo alto índice de evasão escolar. “O público da EJA é diverso, mas tem em comum o fato de ser resultado de um processo de exclusão social. São jovens pobres, trabalhadores do campo do subemprego e da informalidade, moradores de rua, desempregados e senhoras que deixaram de estudar no passado para se dedicar a família. Pessoas que possuem necessidades que antecedem a educação, como moradia e trabalho”, aponta a chefe da divisão de EJA da Secretaria Municipal de São Bernardo do Campo (SP), Adriana Pereira.
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Outro fator importante é a formação específica dos professores. “Adultos têm uma maneira diferente de aprender. Devem-se aproximar os conteúdos da sua experiência de vida, para a aprendizagem ser mais significativa”, sugere o assessor pedagógico da EMEB Arthur Natalino Deriggi, de São Carlos (SP), Osmair da Silva.
Comissões mistas
Outra experiência são os chamados grupos interativos, quando o professor divide a classe em turmas para desenvolverem uma determinada atividade. Cada grupo conta com a assistência de um voluntário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ou de um membro da comunidade. “A prefeitura também enviou apoio docente, que permanece junto ao professor da disciplina ajudando os alunos que têm maior dificuldade”, relata.
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