Livro narra biografia de Vladimir Herzog aos jovens
"Um menino chamado Vlado" articula ficção e história para relembrar ditadura militar
AutorMarcelo Abud
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Publicado em31 de maio de 2017
“Nossa história deveria estar ao alcance de todos –
pouco importando a idade dos leitores.
E Marcia Camargos prova que isso é possível e necessário”.
(Paulo Markun, jornalista e companheiro de Herzog em 1975)
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Ilustrações de Mirella Spinelli foram feitas a partir de fotografias do acervo da família
“Um menino chamado Vlado” é uma biografia de Vladimir Herzog especialmente voltada para o público infantojuvenil. O livro é de autoria da jornalista e pós-doutora em História, Marcia Camargos. conversou com a equipe do Instituto Claro.
A obra mescla ficção e realidade e tem por base depoimentos feitos por familiares, colegas de escola, de militância e de profissão, para resgatar a vida de Vladimir Herzog desde sua infância na Itália, abordando também sua formação e suas atividades além do jornalismo.
O intuito de “Um menino chamado Vlado” é explicar aos jovens e crianças o que foi a ditadura instalada em 1964, bem como os movimentos de oposição e resistência ao regime, tendo como fio condutor a história de Herzog, por meio de um formato e linguagem próprios para os jovens.
No livro, Felipe precisa fazer um trabalho de escola sobre o tema e não sabe por onde começar. Seu pai, Mário, tem a ideia de contar ao filho a história daqueles anos de chumbo através da trajetória de Vladimir Herzog. O jornalista de origem iugoslava fugiu do nazismo com a família, ainda menino, para morar no Brasil. Segundo Marcia, “a história dele é muito parecida com a de milhões de refugiados que a gente vê todo dia, saindo em embarcações precárias”.
Vlado chega ao Brasil com 9 anos de idade. Durante a ditadura, quando era diretor de jornalismo da TV Cultura, foi acusado de subversivo. Acabaria preso e assassinado em 1975, pelas forças da repressão. Sua morte, sob tortura, e os maciços protestos que se sucederam, marcariam o começo do fim da Ditadura.
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Créditos:
As músicas utilizadas neste podcast, por ordem de entrada, são: “A canção do senhor da guerra” (Renato Russo), com Legião Urbana; “Trem bala”, de e com Ana Villela; “O Bêbado e a equilibrista” (João Bosco e Aldir Blanc), com João Bosco.