De acordo com a Lei 13.415/2017, a implantação do novo ensino médio deveria começar em 2020. Para saber mais sobre a situação do programa no país, a revista Poli, publicada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), entrevistou gestores estaduais das cinco regiões brasileiras, especialistas e representantes dos movimentos sindical e estudantil. A edição Nº 68 – Novo Ensino Médio – Avanços e dificuldades da reforma nos estados pode ser acessada online.
Entre os principais obstáculos identificados pela reportagem, estão a falta de regulação e a dificuldade orçamentária. Para completar a edição especial da revista, a ideia de “empreendedorismo”, relacionado principalmente ao campo da educação, é o verbete explicado na seção Dicionário.
A reforma do ensino médio ampliou o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e organizou o currículo alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além disso, os estudantes poderiam escolher itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional.
Entre as críticas, está o fato da Lei 13.415 ter sido decorrente de uma medida provisória (MP 746/2016), sem discussão com a sociedade; de liberar a contratação de profissionais sem formação pedagógica (com “notório saber”) e o fato das escolas não terem condições de oferecer aos alunos todos os itinerários formativos, limitando sua opção de escolha. Entidades ainda criticaram a valorização de matemática e língua portuguesa frente a outras disciplinas.
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