O chef de cozinha Edson Leite viu no desperdício de alimentos um dos grandes vilões da fome e uma questão a ser resolvida. Percebeu que era viável melhorar a qualidade da alimentação das pessoas de baixa renda, assim como a qualidade de vida. Segundo ele, que é também assistente social de formação, são as mãos periféricas que preparam, cultivam e colhem os alimentos que compõem os pratos de restaurantes sofisticados e isso ainda é pouco valorizado.

“O periférico dentro desse mapa da gastronomia está em toda a cadeia, desde a produção, até o transporte, o recebimento, a execução e o servir. A gente só precisa falar mais sobre isso e reconhecer mais. Às vezes a gente reconhece um chef de cozinha famoso, mas não reconhece quem está nessa cadeia toda”, observa ele, que destaca ainda que a maioria dos trabalhadores envolvidos são mulheres pretas.

Leite acredita também que essas pessoas precisam se “autoreconhecer” nesse processo. Para mudar essa realidade, o chef criou cursos gratuitos, voltados principalmente para mães, mulheres, negros e pessoas em condição de vulnerabilidade, oferecidos pela Gastronomia Periférica, negócio social localizado no Capão Redondo, em São Paulo, que apresenta uma alternativa de capacitação para jovens de baixa renda e a possibilidade de criação de um projeto de vida e de empregabilidade.

Veja mais:

Afroempreendedorismo gera visibilidade e acesso a pessoas negras

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