A revista Interfaces, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), traz em sua última edição um especial sobre o desastre de Mariana e o seu impacto na Bacia do Rio Doce. A publicação reúne artigos, ensaios, relatos de experiência e resenhas de livros.
Entre os textos selecionados, estão “O desastre no Rio Doce e a questão mineral no Brasil”, de Ilklyn Barbosa da Silva e Maryellen Milena de Lima; a resenha do livro “Antes fosse mais leve a carga: reflexões sobre o desastre da Samarco/Vale/BHP Billiton”, de Naiara Gimeno González e Clara Hidalgo Castro; e “Mineração na América do Sul: neoextrativismo e lutas territoriais”, de Helena Davino Vincente e Maria Clara Mendes Vasconi.
Desastre ambiental
No dia 5 de novembro de 2015, ocorreu a queda da Barragem do Fundão, localizada entre os municípios de Mariana e Ouro Preto e administrada pela mineradora Samarco. Com o rompimento da barragem, aproximadamente 39 milhões de m³ de rejeitos de minério foram despejados nos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, até atingir o Oceano Atlântico. Além disso, 19 pessoas, entre trabalhadores da mineradora e moradores da região, morreram. Os dados fazem do desastre ambiental de Mariana o maior já ocorrido no Brasil.