Leonardo Valle
O acesso das mulheres a atividades remuneradas e a igualdade de gênero no mercado de trabalho ajudariam a reduzir a pobreza na América Latina e no Caribe. Essa foi uma das conclusões do estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) junto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com a publicação, uma tendência positiva dos últimos anos foi o aumento da participação feminina em atividades remuneradas. Nas últimas três décadas, a taxa média de participação de mulheres com 15 anos ou mais no mercado de trabalho latino-americano cresceu 11 pontos percentuais, um ritmo superior ao de outras regiões do mundo. Porém, o número ainda fica abaixo em comparação aos países desenvolvidos.
Além disso, a diferença entre a taxa de participação de homens e mulheres no mercado de trabalho latino-americano foi de 25,9 pontos percentuais em 2018.
O relatório ainda lembrou que a decisão de participar de atividades remuneradas é influenciada por diversas circunstâncias e reflete em outras decisões, principalmente nas relacionadas à educação e à família.
Entre os fatores que impactam positivamente a decisão das mulheres de participar do mercado de trabalho estão: a igualdade de acesso à educação, queda na taxa de fertilidade, maiores níveis de renda média, acesso a tecnologias que reduzem a quantidade de tempo necessário para realizar tarefas domésticas e melhorar os serviços de saúde reprodutiva.
Com ONU Mulheres
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