Leonardo Valle
Beijos à força, puxões no cabelo, passadas de mão e outras investidas sem o consentimento da mulher são formas de assédio sexual. Enquadradas anteriormente apenas como contravenção penal e importunação ofensiva ao pudor, essas atitudes são consideradas crime desde 2019 – um marco jurídico importante na área de defesa das mulheres.
Essa e outras informações importantes para combater o machismo na folia fazem parte da cartilha online “Folia sim, assédio não”. O conteúdo foi idealizado pro 30 blocos que desfilam na cidade do Rio de Janeiro em parceria com a Defensoria Pública do Estado.
“Uma vez que somos provenientes de grupos carnavalescos, essas orientações refletem, muita das vezes, a realidade local e da rede de atendimento aqui presente. Outras já podem ser usadas de maneira mais genérica por grupos e foliãs de todo o país”, esclarece o material.
A cartilha detalha as diferentes formas de assédio, orienta a vítima sobre a melhor forma de agir na hora do ocorrido e explica como é o procedimento na delegacia, na hora de registrar o boletim de ocorrência.
“Percorrer esses passos pode levar a uma espera na delegacia que pareça insuportável, de tão cansativa física e emocionalmente. Mas não desista. Você e muitas outras mulheres podem se beneficiar dessa espera”, tranquiliza o documento.
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Crédito da imagem: reprodução cartilha “Folia sim, assédio não”