A Claro e a ONU Mulheres oficializaram na última terça-feira (20/5), em São Paulo, o lançamento do projeto “Mulher +Tech: conexão para novos começos”, voltado a mulheres vítimas de violência doméstica e refugiadas. A iniciativa, que tem o apoio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), oferece capacitação em direitos humanos e letramento digital para promover a autonomia financeira de pessoas em situação de vulnerabilidade.
O lançamento teve a presença de representantes da Claro, da ONU Mulheres e da Anatel, bem como do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.
“A tecnologia desempenha um papel essencial na nossa sociedade e pode representar uma oportunidade única de recomeço para essas mulheres. Temos o propósito de usar a conectividade como uma ferramenta para transformação e uma forte conexão com o pilar de responsabilidade social”, diz o presidente da Claro, José Félix.
“Neste projeto, focamos naquilo que temos de melhor: a conectividade e o conhecimento de tecnologia da Claro e seu compromisso com a responsabilidade social. E convidamos a ONU Mulheres para somar com a experiência acumulada durante anos de atuação em prol da promoção de melhores condições para mulheres em situação de vulnerabilidade”, acrescenta Félix.
O projeto, que tem o apoio da Anatel, será implementado em dez capitais brasileiras e terá a participação de dez organizações da sociedade civil a serem selecionadas por edital. Elas atuarão sob coordenação da ONU Mulheres e receberão um investimento inicial para apoiar a implementação do programa, cuja meta é capacitar 1,3 mil mulheres ao longo de um ano.
Logo no início do programa, cada participante receberá da Claro um chip com plano gratuito de 12 meses. Ao final, quem tiver ao menos 75% de frequência nas atividades presenciais também receberá um aparelho celular.
“É estratégico investir e mobilizar para diminuir a lacuna que ainda existe no acesso das mulheres ao conhecimento e aos recursos. Só assim elas serão capazes de efetivar seus direitos também com o uso das novas tecnologias”, afirma a representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino.
Durante o evento, os organizadores destacaram a urgência da iniciativa frente ao cenário nacional de violência de gênero. “Todos os dias, dez mulheres são assassinadas no Brasil”, diz a coordenadora de responsabilidade social da Claro Patrícia Sanches, citando dados do Atlas da Violência 2025 produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com a diretora de DHO, Cultura e Sustentabilidade da Claro e vice-presidente de projetos do Instituto Claro, Dany Gomiero, as cidades que receberão o projeto são aquelas onde é maior o índice de violência contra a mulher. “Entendemos que o movimento precisaria começar onde o problema é mais urgente”. “Os tristes números evidenciados pelo atlas da violência nos mostram que precisamos agir rápido”.
O acordo de cooperação entre Claro e ONU Mulheres foi assinado simbolicamente durante o evento. Na cerimônia, o conselheiro Alexandre Freire destacou que a proposta nasceu de um esforço da agência para conectar regulação e impacto social. “Este projeto representa um passo importante na redução das desigualdades e no fortalecimento da autonomia de mulheres que, historicamente, enfrentam desafios para conquistar os mesmos direitos e oportunidades que os homens”.