No Brasil, escolas com alto desempenho em ciências tem menor rotatividade de professores. A conclusão está no estudo “Políticas Eficazes para Professores: Compreensões do PISA”, publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), feito com dados de mais de 60 países.
O país, contudo, enfrenta desafios relacionados à quantidade de alunos por sala. As escolas públicas do Brasil contam, atualmente, com uma média de 37 estudantes por sala de aula no primeiro ano do ensino médio e possuem, aproximadamente, 22 discentes por professor. Nesse quesito, o país fica abaixo apenas da Colômbia, que possui 27 alunos por docente. Tal contexto resulta em excesso de trabalho para o professor e prejudica a qualidade do ensino.
O levantamento da OCDE recomendou que docentes de bom desempenho sejam atraídos para escolas mais pobres, que costumam enfrentar mais desafios relacionados à aprendizagem. Segundo o estudo, professores nas instituições de ensino mais desfavorecidas são menos qualificados e têm menos experiência.
“Estudos revelam que educadores com qualificações mais fracas são mais propensos a ensinar em escolas desfavorecidas, o que pode levar a um potencial menor de oportunidades educacionais para estudantes desses locais”, apontou a publicação.
Além do relatório, a OCDE também publicou o documento “Professores em Ibero-América: Compreensões do PISA e do Talis”. Ele aponta que, no Brasil, 60% dos professores com menos qualificação tendem a trabalhar mais em pequenas cidades.