A afetividade presente na mediação pedagógica também influencia as relações que os estudantes estabelecem com os conteúdos escolares, colaborando com sua aprendizagem. Esse conceito na escola, e o papel central do educador nesse processo, foi discutido pelo filósofo, psicólogo e pensador da educação, Henri Wallon.
Seu pensamento parte do princípio que, em todas as etapas de ensino, alunos e professores se expressam por inteiro com cognições, sentimentos e movimentos. Assim, o ensinar e aprender são enriquecidos conforme consideram e integram todos esses aspectos.
A seguir, conheça seis obras que abordam a questão da afetividade no cotidiano escolar a partir tanto da teoria de desenvolvimento de Henri Wallon quanto o olhar de outros pensadores para a temática, como Paulo Freire, Lev Vygotsky e Jean Piaget.
Memórias Afetivas – A constituição do professor na perspectiva de Henri Wallon
Daniela Barros Mendes, Loyola, 2017
O livro busca analisar a atuação do docente que trabalha com literatura infantojuvenil a partir da perspectiva walloniana e sua integração entre funções como afetividade, cognição, motricidade e pessoa. A autora reflete sobre a atuação do professor não apenas como profissional, mas como pessoa, partido da premissa que todos somos influenciados por outros em nossas decisões ou escolhas.
Afetividade na escola
Valéria Amorim Arantes, Summus, 2003
A obra analisa a contribuição de estudiosos em diferentes campos do conhecimento para o tema na escola. Discute a afetividade com base nas teorias de autores como Vygotsky, Wallon e Piaget, na psicanálise e na abordagem cultural. Por fim, dois textos teóricos aprofundam-se em campos pouco explorados sobre a questão: a neurologia e a epistemologia.
Afetividade e aprendizagem – Contribuições de Henri Wallon
Laurinda Ramalho de Almeida e Abigail Alvarenga Mahoney (org.), Loyola, 2007
O livro discute a afetividade no cotidiano escolar, apresentando pesquisas que se apoiaram na teoria de desenvolvimento de Henri Wallon. Segundo os estudos destacados, em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, alunos e professores se expressam por inteiro com cognições, sentimentos e movimentos. Assim, o processo ensino-aprendizagem se enriquece na medida em que considera a integração cognitiva-afetiva-motora.
Afetividade e práticas pedagógicas
Sérgio Antonio da Silva Leite, Casa do Psicólogo, 2006
Seus onze capítulos contemplam aspectos das dimensões afetivas no trabalho docente. Analisam, também, a afetividade nos processos de constituição do sujeito leitor e do professor. As bases teóricas estão centradas na abordagem histórico-cultural, em que se destacam as ideias de Lev Vygotsky e Henri Wallon.
O afeto na prática pedagógica e na formação docente: Uma presença silenciosa
Simone Sabino, Paulinas, 2012
Neste e-book, a autora utiliza as obras de Paulo Freire e Wilhelm Reich para discutir a afetividade no processo educacional. A questão ainda é levada por Sabino para o ambiente escolar, por meio da pesquisa qualitativa, ajudando a criar, de forma coletiva e cooperativa, um espaço de reflexão sobre a temática.
A afetividade do educador
Max Marchand, Summus, 1985
O autor analisa como o educador manifesta seu afeto ao adaptar-se à idade, psicologia e evolução de cada aluno. Processo presente em diferentes circunstâncias de classe e em diferentes níveis culturais, sociais e econômicos.
Veja mais:
Pensadores na Educação: Wallon e a afetividade como aliada da aprendizagem
Pensadores na Educação: Paulo Freire e a educação para mudar o mundo
Pensadores na Educação: Vygotsky e o desenvolvimento a partir da cultura
Crédito da imagem: Wavebreakmedia – iStock
Tem algum link que eu consigo baixar esses livros para leitura?