A chegada de um bebê é marcada por desafios que vão desde as novas descobertas da mulher que virou mãe até o isolamento social dela causado pelas particularidades de uma criança recém-nascida.
Para driblar parte desses desafios, o projeto “Dança Materna” alia a prática da dança com as necessidades fisiológicas e afetivas de mães e bebês. A cada aula, um grupo de mulheres puérperas – que tiveram seus filhos recentemente – e gestantes se reúne para conversar sobre seu dia a dia, trocar experiências da maternidade e promover uma reinserção social, sempre com a dança como centro dos encontros.
A artista da dança e arte-educadora Amanda Mota coordena as aulas com o grupo de mães e explica que existe uma rede de mulheres que, segundo ela, “cuida de outras mulheres” com essa iniciativa. Ela explica que o método da dança é baseado em evidências científicas e técnicas artísticas.
“A gente tem o perfil de uma mãe que muda muito a rotina da vida [dela]. E de repente ela se vê sozinha em casa com um bebê que ela não conhecia”, conta Mota.
Para a estilista e aluna Elis Ribeiro Mori – mãe da bebê Flora, de dois meses –, a interação faz toda a diferença no projeto. “A pediatra fala para ficar em casa, dar as vacinas, guardar o bebê, e não temos vida social. Aqui é importante trocar informações, a gente vai adquirindo mais conhecimento”, explica.
Outras mães como Elis procuram o projeto diferentes motivos, mas o discurso em comum é a necessidade de se movimentar, de fazer uma atividade diferente. Na companhia dos filhos ou na expectativa deles, a ideia é ter a dança como fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê. “A dança tem o poder de ir para além das palavras”, reforça Mota.
Atualizado em 19/07/2024, às 17h17.