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O crowdfunding está em ascensão no Brasil. Em 2016, as três maiores operadoras desse tipo de iniciativa no país registraram mais de R$ 180 milhões em arrecadação, de acordo com informações coletadas junto às plataformas pelo site StartSe. Diante do cenário de recessão e cortes em programas de financiamento público, artistas e empreendedores sociais têm recorrido ao financiamento coletivo para viabilizar seus projetos.
A cifra brasileira é expressiva, mas ainda representa apenas uma fatia desse tipo de prática. A estadunidense Kickstarter, maior plataforma de financiamento coletivo do mundo, já arrecadou mais de US$ 3 bilhões para cerca de 140 mil projetos desde sua fundação, em 2008.
Para o doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP, Luis Eduardo Tavares, enquanto em países como os Estados Unidos o financiamento coletivo tem sido aliado da inovação, utilizado para viabilizar projetos de tecnologia, no Brasil, as plataformas são usadas principalmente para captação de recursos para projetos culturais. “Projetos se realizam a partir de R$ 20 mil, o que geralmente paga a iniciativa, mas paga pouco as pessoas”, avalia.