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O desmatamento da Amazônia pode atingir um limite irreversível. Segundo pesquisas do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desflorestamento na região aumentou 40% entre 2017 e 2018. Nesse período, a floresta perdeu quase quatro mil quilômetros quadrados de mata nativa, uma área equivalente a 13 vezes o tamanho de Belo Horizonte.

Para Paulo Artaxo, professor de física da USP e membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, a perspectiva de que esse ecossistema entre em colapso é real. “Cálculos de modelagem realizados pelo Inpe mostram que se esse desmatamento chega num patamar de 40% da área original. O restante da floresta pode não conseguir ter um clima propício para sua sustentação”, avalia.

Caso isso venha a ocorrer, complementa o pesquisador, ocorrerá uma liberação gigantesca de carbono na atmosfera, contribuindo para o agravamento dramático do efeito estufa e do aquecimento global. Uma das consequências mais imediata seria a mudança no regime de chuvas, fundamental para a produção de alimentos e o abastecimento das cidades. Para minimizar essa situação, é importante que o país cumpra a meta de reflorestamento assumida no Acordo de Paris.

Na entrevista, Artaxo analisa o cenário atual de desmatamento, fala sobre as consequências de sua continuidade e destaca a possibilidade de aliar preservação e agronegócio a partir do uso eficiente das áreas já desmatadas para esse fim.

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