O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) estima que 43% dos jovens não sabem identificar se uma informação vista on-line é correta ou falsa. Segundo a jornalista e mestre em comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) Januária Cristina Alves, as “fake News” são informações falsas que assumem muitas vezes o formato de uma notícia, para que, ao ler, as pessoas as considerem verdadeiras.

“Mas, na verdade, as fake news fazem parte de uma questão da desinformação que é muito maior. Muitas são realmente notícias elaboradas e estruturadas para serem falsas porque contêm imprecisões, e [em] outras o fato é verdadeiro, mas, da maneira como é contado, a pessoa tenta disfarçar e ocultar fatos importantes”, explica.

A mestre em comunicação alerta que as pessoas precisam ter responsabilidade para que mentiras não sejam difundidas e orienta sobre o que fazer quando estiver diante de um conteúdo falso ou impreciso.

“Se você não tiver certeza [de] que aquela informação é verdadeira, não repasse. Se você está numa rede social, não comente, não compartilhe, não curta. Cada vez que fazemos isso, contribuímos para o ecossistema de desinformação crescer”, argumenta a também coautora do livro “Como não ser enganado pelas fake news” e autora de “#XôFakeNews – Uma história de verdades e mentiras”.

Atualizado em 13/03/2024, às 15h36.

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