
A gestora Roseli Bassi abandonou sua carreira em novembro de 2005 para se dedicar exclusivamente ao sonho de levar alegria a ambientes de dor. A contação de histórias apareceu como possibilidade ao se inspirar na experiência do médico estadunidense Patch Adams e na Associação Viva e Deixe Viver. A vontade de levar histórias emocionantes a pessoas em situação de fragilidade física e emocional se transformou no Instituto História Viva. A ONG tem sede em Curitiba (PR), mas também atua em outros estados.
Um de seus projetos, o “Ouvir e contar histórias”, aproxima crianças e idosos fragilizados. A atividade consiste no resgate e registro das histórias reais vividas pelos velhinhos. Em seguida, essas memórias são transformadas em contos de fadas e levados às crianças também em situação de fragilidade. Ao ouvir as histórias, as crianças são convidadas a fazer um desenho, poesia ou música com base no que ouviram. Esse material com a interpretação infantil é entregue ao idoso autor da história.
Hoje, o Instituto História Viva atende, semanalmente, uma média de dez hospitais, seis asilos, cinco abrigos e duas casas de apoio no estado do Paraná. A entidade oferece um treinamento de três meses para capacitar voluntários na arte de ouvir e contar histórias em ambientes de dor. Durante o curso, são transmitidos conceitos de oratória, literatura e criação literária, cidadania, solidariedade e motivação de pessoas.
Em 12 anos de atuação, a ONG formou mais de dois mil voluntários, em várias regiões do Brasil, incluindo os estados de São Paulo e Santa Catarina.

LINKS:
– Assista a um vídeo em que Roseli Bassi explica o projeto “Ouvir e contar histórias”
http://www.youtube.com/watch?v=c_2yR1f9Vrk
– Leia o conteúdo da Catequese sobre a atual situação dos idosos, por Papa Francisco
https://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/catequese-do-papa-francisco-atual-situacao-dos-idosos/
Créditos: as músicas instrumentais usadas como identificação desse podcast foram criadas por Reynaldo Bessa. A composição que ilustra a reportagem “Era uma vez” é de Kell Smith, bem como sua interpretação.