A representatividade da mulher na política brasileira impacta de forma positiva na diminuição da taxa de mortalidade em menores de cinco anos. Os dados são de um estudo realizado em parceria entre a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade dos Andes (Colômbia) e do Banco de Desenvolvimento Interamericano.

As menores taxas são vistas em municípios que elegeram prefeitas e também quando a representatividade feminina é de ao menos 20% e 10%, respectivamente, dos eleitos nas assembleias legislativas estaduais e na Câmara Federal. Nesses casos, houve uma ampliação de projetos sociais e o acesso à saúde pública.

Para analisar essa relação, os pesquisadores levantaram registros de nascidos vivos entre 2000 e 2015. Foram selecionados dados de 3.167 municípios de um total de 5.565. O critério de inclusão foi ter um sistema de registro com menos de 10% de dados faltantes (as falhas nos registros de atestados de óbitos se mostraram mais frequentes nos anos iniciais do período analisado).

A partir da metodologia adotada, foi possível analisar variáveis separadamente, o que incluiu o partido de cada prefeita e deputada. A constatação foi que o efeito é independente da representante eleita ser de um partido de esquerda, centro ou direita.

As taxas de mortalidade infantil em crianças menores de cinco anos foi mantida mesmo após ajustes para a cobertura do Bolsa Família e da Estratégia de Saúde da Família, dois programas que, comprovadamente, mostraram-se responsáveis por quedas na mortalidade infantil no Brasil.

A pesquisa foi financiada pelo projeto de pesquisa Saúde Urbana na América Latina (Salurbal) e publicada na edição de julho da revista “Health Affairs”.

Com Agência Abori

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Crédito da imagem: Supirloko89 –iStock

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